A venda de planos de saúde no primeiro trimestre deste ano teve o menor avanço no período desde o ano de 2009, de acordo com a Abramge (associação de medicina de grupo).
Entre janeiro e março, foram 148 mil novos beneficiados, variação de 0,3% em relação ao último trimestre de 2013. O mercado totalizou 51 milhões de pessoas vinculadas a planos de saúde.
“O setor é muito sensível ao desempenho do mercado de trabalho, pois 80% dos planos de saúde são coletivos, especialmente empresariais, enquanto apenas 20% vêm de contratações individuais”, diz Arlindo de Almeida, presidente da entidade.
Os planos corporativos cresceram 0,4% e os individuais se retraíram 0,3%, segundo o levantamento.
“Se a economia tiver comportamento semelhante nos próximos meses, o crescimento acumulado do ano não será superior a 1,3%, muito diferente da nossa projeção inicial de 4%”, afirma.
Em 2013, o volume de planos de saúde vendidos no país foi 4,7% superior ao do ano anterior, de acordo com a Abramge.
Apesar da desaceleração, o mercado de saúde suplementar deverá continuar crescendo, segundo Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor-executivo da entidade.
“O plano de saúde é um dos sonhos de consumo da população e o primeiro benefício discutido pelo empregado depois da remuneração.”
O setor faturou R$ 108 bilhões em 2013. A margem líquida foi de 1,9% no período.
“O envelhecimento da população e o surgimento de novos métodos experimentais assimilados sem critérios têm encarecido muito os custos do setor”, afirma o presidente Arlindo de Almeida.
Fonte: Folha de São Paulo